quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A garrafa


Vi no mar uma garrafa
Bem longe de onde eu estava.
Refletia a luz solar
E aparecia e sumia,
No sobe e desce das ondas,
Como numa dança ritmada.

Vi uma garrafa no mar
Flutuando sobre as ondas,
Luzindo radiante e
- Deveras petulante -
Bailando sobre o oceano.

No mar vi uma garrafa
De vidro. Nem grande,
Nem pequena.
Oscilava reluzente
Sussurrando
Seus segredos mais antigos.

No mar uma garrafa vi.
Ela sobrenadava como
Quem esconde um
Segredo do resto do mundo.
E se escondia nas ondas
No vem e vai das marolas.

Uma garrafa no mar vi.
Mas antes não tivera visto.
A curiosidade de saber o que ela continha
Fez-me adentrar o mar agitado
E procurá-la naquele molejo marítimo.

Uma garrafa vi no mar
Que foi meu último destino.
Prostrado, faleci após a decepção de não achar nada
Naquela maldita garrafa.

Victor da Silva Neris

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