sábado, 21 de abril de 2012

Pessoal, sugestão de blog: http://valvuladeescapeexistencial.blogspot.com.br/
Muito bom. De um grande amigo, vale muito a pena conferir.
Abraço!

Brasília

Ah, Brasília!
Tão bela se fez!
Mas que tristezas tenho,
Ao vê-la governada sem respeito.

Nasceu no cerrado.
Recebeu o Brasil.

Desse Brasil, recebeu bravos guerreiros que a construíram.
Mas também, recebeu calhordas, bandidos.
Estes sujaram sua imagem.
Sujaram nosso orgulho!

Todavia, Brasília tem gente,
Tem seu céu quase mar,
Tem sua beleza pouco comum,
Tem coragem e força pra vencer.

Brasília, capital da esperança!
52 anos de juventude,
52 anos de alegrias,
52 anos de luta,
52 anos de Brasília!

Victor da Silva Neris

terça-feira, 17 de abril de 2012

Memórias

(Em memória do Tio Nestor)

Oh, tristeza infinda,
Que arde no peito dos saudosos
De um tempo em que podiam compartilhar
Suas alegrias e tristezas, conquistas e derrotas.

De tudo, ficam as memórias.
Ficam as lições, conselhos.
Os carinhos dados,
Os abraços fraternais,
A sabedoria passada, que nunca morre.

Oh, Deus, porque o levaste?
Essa pergunta se repete em muitos corações.
Mas devemos lembrar:
O que é terra, volta pra terra.
O espírito, que é de Deus,
Volta pra Ele.

Nenhuma palavra seria cabível nesse momento,
A não ser a palavra de Deus.

Fica a memória, fica a saudade.
Ficam os momentos, as lembranças.
Fica a imagem de exemplo de pessoa.
Morre a matéria.
Vive, eternamente, a essência.

Victor da Silva Neris

segunda-feira, 16 de abril de 2012

No encontro dos desencontros

No encontro dos desencontros te encontrei.
Quando tudo parecia estar sem rumo,
Cruzei teu caminho.
Te amei.

A vida me levara a outros caminhos.
O destino me levou a você.

 O medo encurvou minhas estradas,
A angústia gerou aclives tão íngremes,
Que minhas pernas quase não suportaram.


Mas a esperança me deu carona,
A balsa, chamada paixão, transportou-me aonde meus pés não podiam caminhar.
As estrelas guiaram-me na escuridão.

Os ventos do acaso nortearam meu barco,
O fogo que ardia em meu peito apressava-me.
Meus pensamentos desenhavam um futuro bom.

Certo dia, meus olhos se depararam com beleza quase divina.
Estava no horizonte como a cidade aparece para o viajante de longos dias.
Era você.
Tão linda, tão bela, tão formosa.

Apaixonei-me.

No encontro dos desencontros, te encontrei.
No encontro dos desencontros, me apaixonei.
No encontro dos desencontros, amei.
Te encontrei, me apaixonei, amei
No encontro dos desencontros.

 Victor da Silva Neris

sábado, 14 de abril de 2012

Angústia

Ah, angustia maldita que me atormenta.
Fazes de meus pensamentos brinquedo.
Destrói minhas entranhas.
As entope com amarguras.

Tiraste de mim a esperança.
Tiraste de mim o sossego.
Fez da minha calma, tormento.
Fez do meu amor, desespero.

Meus sentimentos e minhas certezas
Ruíram em penhasco tão profundo,
Tão escuro e tão tormentoso
Que saída, desconheço.

Graças a ti meus dias não passam.
As horas se arrastam.
E minha humilde existência,
Se esvai.

Oh, maldita!
Oh, desgraçada!
Como calar-te?
Não sei.

 

Victor da Silva Neris

segunda-feira, 9 de abril de 2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

Nas margens de mim (O teatro mágico)

Eu me senti como um rei
Me larguei, dormi, nas margens de mim
Me perdi por querer, eu não fiz, não fui
Me desaprendi
Eu quis prestar atenção
Tudo o que é menor, mais lento e baldio
Deixo o rio passar tão voraz, veloz
Me deixo ficar
Quando o sol acena bate em mim
Diz valer a pena ser assim
Que no fundo é simples ser feliz
Difícil é ser tão simples
Difícil é ser tão simples
Difícil mesmo é ser
Me recolhi, fiquei só
Até florescer
Desapego e raiz, improviso e razão
Canto pra colher, agora e aqui
De qualquer maneira parte em mim
Diz valer a pena ser assim
Que no fundo é simples ser feliz
Difícil é ser tão simples
Difícil é ser tão simples
Difícil mesmo é ser