domingo, 27 de julho de 2014

Quatro da manhã

Quatro horas da manhã.
Sem ter nada pra pensar,
É nessa hora que você vem,
Desfaçada, me atormentar.
É nessa hora que teu rosto
Se faz imposto
E me prende aos teus
E somente teus olhos.

Fico navegando aqui e ali
Por páginas que nunca quis
Ou imaginei passar.
O simples fato de elas me lembrarem você
É suficiente para me prender por alguns segundos.

Quão eternos são estes!
Poderia ficar neles por toda minha existência.
Tê-la em meus pensamentos aparta,
Mesmo que por pouco tempo,
A lembrança da distância que há,
Infelizmente, entre nós.

No relógio já são sete,
Mas em meu coração ainda é só você.

Victor da Silva Neris