segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Soneto da realidade


A realidade alcançou minha mente.
Tirou-me da ilusão em que vivia.
Mostrou-me a verdade sobre mim:
Sou uma farsa!

Uma farsa tão bem feita e acabada,
Que convenceu até a mim mesmo.
Fez-me acreditar, por algum tempo,
Que eu era aquilo que aparentava ser.

Sou um soneto de versos brancos e livres.
Sem neologismos, tampouco rebuscado e de linguagem pobre.
Sem encaixe em nenhuma escola literária.

Sou um soneto por comodidade,
Pois, se me apresenta-se com estrutura comum,
Não seria lido.

Victor da Silva Neris