quinta-feira, 30 de maio de 2013

Adeus solidão!

Viajante solitário percebe,
Depois de um tempo, que
Precisa de amor.

Descobre que vida sem amor
É vida não vivida.
Desperdício imenso.

Bate no peito, cedo ou tarde,
Vontade de parar a romaria
E pousar no colo de uma senhora.

O desejo de ter alguém pra amar,
Supera o egoísmo da solidão
E liberta dos medos e preconceitos.

A segurança da amada não
Se compara aos voláteis colos
Amigos de outras.

Por mais que tente esconder
Ou reprimir tal vontade,
Rende-se aos encantos da paixão e do amor.

Entrega-se de corpo e alma
Sem pensar nem lembrar da vida passada.
Aprende a viver.

E, com orgulho e peito cheio,
Grita ao mundo:
Adeus solidão!

Victor da Silva Neris

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