quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Memorial do 11

O silêncio domina minha mente.
Nada mais que o silêncio e a reflexão.
Sinto-me sozinho.
A cidade tão agitada e barulhenta
Se cala perto de onde estou.
As cabeças abaixam-se,
As mentes focam-se em imaginar em
Como aconteceu,
Porque aconteceu.

O barulho da cascata do memorial do ocorrido
É metáfora
Das lágrimas derramadas
Pelos órfão e pelos pais
Não só pelos que morreram no atentado,
Mas também pelos outros inocentes que pagaram o preço
Da ação de seus compatriotas

O buraco no chão é triste
Talvez assim se sintam quem,
Saudosamente, 
Chora pelos seus.

Num quase outono muitos se foram
De certa forma,
Quem ficou também se foi.

Dois aviões
Dois prédios
Milhares de vidas e famílias

Podia ter sido só mais um dia...
Não foi.

Victor da Silva Neris

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