domingo, 25 de novembro de 2012

Brasília quando ninguém vê

Tudo quieto.
Os postes de iluminação ligados.
Alguns grilos fazem barulho aqui.
As corujas voam pra ali.
A lua cheia, resplandecente, reina no firmamento.
As estrelas dão o ar da graça
Enfeitando o céu escuro.


Movimento quase nenhum.
Ônibus? Nem pensar.
Alguns solitários motoristas apenas.
As tão agitadas ruas durante o dia
Se calam na solidão noturna.


Passa o caminhão de lixo.
Passa um andarilho que não tem onde morar
Ou só está sem sono.


Passa a saudade em meus pensamentos.
Passam os sonhos e os simples desejos.
Passa a dor nos pés calejados,
Passa o amor, no peito, encravado.


Brasília,
Quando ninguém vê,
É tímida.
É calada.
Muito recatada.
É quieta, é sozinha.
É Brasília.


Victor da Silva Neris

Nenhum comentário:

Postar um comentário