terça-feira, 22 de maio de 2012

Poema Aleatório #3

Oh, céus! Oh, céus!
Quando mais precisei, não tive.
Consideração destruída.
Transformada em pó.

Pó mau-cheiroso e corrosivo.
Desgraçado e maldito.
Que nem o mais reles ser
vivo utiliza.

Ah, quanta pena tenho destes,
Que amarguraram meu peito.
Realmente não sei o que dizer a vós.
Tenham meu silêncio como resposta.

Ignoro-vos a partir do momento em que fui ignorado por vós.
Ignoro suas palavras e sentimentos.

Olhá-los-ei com nenhum sentimento.
O que é sentimento?
Já não sei.

Esse é o mal do poeta.
Entregar-se demais aos sentimentos.
Amar demais.
Sentir demais.

A solução é ser frio, amargo?
Não.
A solução é mostrar que amar demais, se entregar demais eleva a alma.
Demonstrar que a minha força é o meu amor a mim e aos outros.

Quando um poeta fica sem palavras,
Quando um palhaço fica sem graça,
Quando um artista fica sem inspiração,
A tristeza aparece...
Triste.

Victor da Silva Neris

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