sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Meu nome é Brasil

Sou filho de índios.
Fui adotado por portugueses.
Criado por negros.
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Minha infância foi muito singela.
O Romantismo a permeou.
No ufanismo dos poetas iludi-me.
No escapismo fatal deles,desesperei-me.
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Cresci cercado por uma grande família.
Tive uma tia chamada Inglaterra.
Sempre muito elegante, sempre me incentivou a ser independente.
Tive um primo chamado EUA, que sempre soube ser mandão.
Uma tia minha, a França, por um bom tempo quis me adotar.
E uma prima insuportável, a Argentina, sempre me atazanou!
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Cresci com a força do índio e do negro.
Aprendi os costumes e a Línguia de meus pais adotivos.
Fui influenciado por meu primo EUA e por algumas tias europeias.
Tornei-me a mais pura mistura do mundo que me cerca.
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Com o tempo, fui crescendo e tornei-me podre.
Alguns neurônios corromperam-se e quiseram explorar os outros.
Outros, de tão rudes, fizeram de mim uma ditadura ferrenha e feroz,
Que fez meu QI cair pelo sumiço de muitos neurônios.
Mas com uma ciorurgia curei-me de alguns, mas ainda tenho sequelas.
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Mas sei que ainda posso me tornar decente outra vez.
Ainda posso manter todas as minhas células vivas.
Afinal, minhas célulkas são brasileiras: não desistem nunca!
Meu nome é Brasil! Victor da Silva Neris

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