quarta-feira, 12 de junho de 2013

Não sei

Não sei se o que passou
Já deveras se dispersou
Ou se, apenas, por capricho ou acaso,
Escondeu-se em breu tenebroso.


Não sei se o eu de que tanto
Tenho medo embrenhou-se
Esperando hora oportuna de voltar
E novamente me amedrontar.


Mas espero que num gesto
Discreto, esperto,
Ele entenda que já passou da hora
De não mais voltar.


É difícil entender o que
Não posso ver.
O jeito é tentar me rever
E um dia, quem sabe,
Perceber o que me faz assim
Tão misterioso.


Victor da Silva Neris

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