Naqueles dois sóis ele via
Esplendorosos girassóis
Seguindo a luz solar por onde ela ia.
Naqueles olhos castanhos,
Tais quais o tronco de um carvalho antigo,
Achou abrigo para sua busca.
Ele achava que os olhos eram espelho d'alma.
Pautava-se na anatomia do nervo óptico,
Na fisiologia da visão,
Na poesia da antiga tradição.
Dizia, fagueiro e ligeiro, pra quem quisesse ouvir:
"Os olhos são verdade, não importa
O quanto as pessoas mentir tentem".
Mal sabia ele que o único defeito dos olhos
É que eles também mentem.
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