Viajante solitário percebe,
Depois de um tempo, que
Precisa de amor.
Descobre que vida sem amor
É vida não vivida.
Desperdício imenso.
Bate no peito, cedo ou tarde,
Vontade de parar a romaria
E pousar no colo de uma senhora.
O desejo de ter alguém pra amar,
Supera o egoísmo da solidão
E liberta dos medos e preconceitos.
A segurança da amada não
Se compara aos voláteis colos
Amigos de outras.
Por mais que tente esconder
Ou reprimir tal vontade,
Rende-se aos encantos da paixão e do amor.
Entrega-se de corpo e alma
Sem pensar nem lembrar da vida passada.
Aprende a viver.
E, com orgulho e peito cheio,
Grita ao mundo:
Adeus solidão!
Victor da Silva Neris
Nenhum comentário:
Postar um comentário