quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Soneto ao perfume da antiga amada

Passou por mim uma dama cheirosa.
Não sei se era bela ou formosa.
Mas tinha um cheiro bem familiar
Que não sei se por bem ou mal  fez lembrar

Do cheiro do amor que outrora fez
Sair, do meu corpo só, a palidez.
Lembrou-me dos beijos já antes dados,
Das dores cantadas em tristes fados.

Oh! Perfume maldito, trouxe-me
As saudades de um antigo amor.
Oh! Perfume bendito, sutilmente

Deu-me a fé forte e inocente
De encontrar um amor tão sublime
Que afaste de mim toda a dor.

Victor da Silva Neris

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