Por
que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem
és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?
Que
paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem
te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz,
com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e
nem Teresa:
E és tampouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética,
indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!
Nenhum comentário:
Postar um comentário