Desenhei meu sonho.
Usei giz de esperança
E lápis de desejo.
Desenhei um pôr-do-sol
Alaranjado e amarelado.
Um belo mar.
Sereno...
Areia branca, branquinha.
Muito verde na mata beira-mar.
A linha do horizonte perdia-se
Entre o céu e o mar.
A brisa balançava teus cabelos, amor.
O sol brilhava intensamente,
Evidenciando - ainda mais -
Tua pele bronzeada.
Ao teu lado, estava eu.
Contemplando-a.
Fitando-a com olhos apaixonados.
Amando-a.
Victor da Silva Neris
Modernamente, cotidianamente, inconscientemente, propositalmente, nos perdemos nesse cotidiano maluco. Ora, pois, poesias existem para guiar os cabra desse mundão sem tamanho. Este blog é justamente para isso. Leia e se encontre, ou se perca mais. Afinal, "perder-se também é caminho", Clarice Linspector.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Se quisesse ou pedisse
Se me pedisse um mundo,
Dar-lhe-ia um sistema solar.
Se quisesse algo do fundo
Do mar, a Atlântida iria eu resgatar.
Se acaso quisesse um céu,
Pediria a Deus para asas lhe dar.
Se quisesse um planeta só seu,
O universo inteiro conquistaria
Para que um dia
Pudesses nele morar.
Se pedisse um amigo de verdade,
Diria que existe um que não deixa saudade,
É colo e consolo a qualquer momento,
É o Deus meu, que está no firmamento.
Se pedisse um amor,
Entregar-me-ia a ti.
Sem vergonha ou pudor
Seria todo teu, mon petit.
Victor da Silva Neris
Dar-lhe-ia um sistema solar.
Se quisesse algo do fundo
Do mar, a Atlântida iria eu resgatar.
Se acaso quisesse um céu,
Pediria a Deus para asas lhe dar.
Se quisesse um planeta só seu,
O universo inteiro conquistaria
Para que um dia
Pudesses nele morar.
Se pedisse um amigo de verdade,
Diria que existe um que não deixa saudade,
É colo e consolo a qualquer momento,
É o Deus meu, que está no firmamento.
Se pedisse um amor,
Entregar-me-ia a ti.
Sem vergonha ou pudor
Seria todo teu, mon petit.
Victor da Silva Neris
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Soneto ao perfume da antiga amada
Passou por mim uma dama cheirosa.
Não sei se era bela ou formosa.
Mas tinha um cheiro bem familiar
Que não sei se por bem ou mal fez lembrar
Do cheiro do amor que outrora fez
Sair, do meu corpo só, a palidez.
Lembrou-me dos beijos já antes dados,
Das dores cantadas em tristes fados.
Oh! Perfume maldito, trouxe-me
As saudades de um antigo amor.
Oh! Perfume bendito, sutilmente
Deu-me a fé forte e inocente
De encontrar um amor tão sublime
Que afaste de mim toda a dor.
Victor da Silva Neris
Não sei se era bela ou formosa.
Mas tinha um cheiro bem familiar
Que não sei se por bem ou mal fez lembrar
Do cheiro do amor que outrora fez
Sair, do meu corpo só, a palidez.
Lembrou-me dos beijos já antes dados,
Das dores cantadas em tristes fados.
Oh! Perfume maldito, trouxe-me
As saudades de um antigo amor.
Oh! Perfume bendito, sutilmente
Deu-me a fé forte e inocente
De encontrar um amor tão sublime
Que afaste de mim toda a dor.
Victor da Silva Neris
Soneto à lua (Vinícius de Moraes)
Por
que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem
és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?
Que
paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem
te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz,
com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e
nem Teresa:
E és tampouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética,
indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!
Poema Aleatório #18
Vi-te triste logo ali,
Cansada e prostrada.
O peso do mundo sobre tuas costas,
A leveza do amor sob teus pés.
Esmagava-o de tal modo
Que ele implorava por socorro!
Ouvi o chamado.
Fui acodi-lo.
Quase sem ar, disse-me que você precisava amar.
Mais do que nunca!
Olhei em teus olhos, apaixonei-me!
E, com o passar do tempo,
Aliviei o peso que fazias
Sobre o amor.
Aliviado, ele entrou no teu corpo.
E no meu também.
E nos uniu.
E, dessa união,
Nasceu uma força dentro de ti
Que fez o peso do mundo
Parecer com o peso de uma pena.
Saiba, amor meu,
Que matar o amor não ajuda.
Semeia-o, e terás, eternamente,
a força que só o amor pode dar!
Victor da Silva Neris
Cansada e prostrada.
O peso do mundo sobre tuas costas,
A leveza do amor sob teus pés.
Esmagava-o de tal modo
Que ele implorava por socorro!
Ouvi o chamado.
Fui acodi-lo.
Quase sem ar, disse-me que você precisava amar.
Mais do que nunca!
Olhei em teus olhos, apaixonei-me!
E, com o passar do tempo,
Aliviei o peso que fazias
Sobre o amor.
Aliviado, ele entrou no teu corpo.
E no meu também.
E nos uniu.
E, dessa união,
Nasceu uma força dentro de ti
Que fez o peso do mundo
Parecer com o peso de uma pena.
Saiba, amor meu,
Que matar o amor não ajuda.
Semeia-o, e terás, eternamente,
a força que só o amor pode dar!
Victor da Silva Neris
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Não sei de nada não!
Perguntaram pra mim
se eu sabia de algo.
Roubaram um bilhão,
tudo dinheiro desviado.
Respondi a ele,
com muita educação:
não sei de nada não!
Perguntaram pra mim
se eu conhecia aquela atriz
que tinha dado pra um deputado
que era meu partidário.
Respondi a ele,
com muita educação:
não sei de nada não.
Já cansei dessa merda!
Vou pegar meu jatinho.
Vou vazar do Alvorada.
Vou-me embora pra Pasárgada.
E quando perguntarem:
e você, sabia?
Vou responder prontamente,
com muita educação:
não sei de nada não!
Perguntaram pra mim
se eu conhecia o Bandolim,
bandido safado
que matava pobre coitado.
Respondi a ele,
com muita educação:
não sei de nada não.
Perguntaram pra mim
se eu conhecia um tal Valério
que era chegado do Gesuíno
e dono de uma cachoeira.
Respondi a ele,
com muita educação:
não sei de nada não!
Já cansei dessa merda!
Vou pegar meu jatinho.
Vou vazar do Congresso.
Vou-me embora pra Pasárgada.
E quando perguntarem:
e você, sabia?
Vou responder prontamente,
com muita educação:
não sei de nada não!
Victor da Silva Neris
se eu sabia de algo.
Roubaram um bilhão,
tudo dinheiro desviado.
Respondi a ele,
com muita educação:
não sei de nada não!
Perguntaram pra mim
se eu conhecia aquela atriz
que tinha dado pra um deputado
que era meu partidário.
Respondi a ele,
com muita educação:
não sei de nada não.
Já cansei dessa merda!
Vou pegar meu jatinho.
Vou vazar do Alvorada.
Vou-me embora pra Pasárgada.
E quando perguntarem:
e você, sabia?
Vou responder prontamente,
com muita educação:
não sei de nada não!
Perguntaram pra mim
se eu conhecia o Bandolim,
bandido safado
que matava pobre coitado.
Respondi a ele,
com muita educação:
não sei de nada não.
Perguntaram pra mim
se eu conhecia um tal Valério
que era chegado do Gesuíno
e dono de uma cachoeira.
Respondi a ele,
com muita educação:
não sei de nada não!
Já cansei dessa merda!
Vou pegar meu jatinho.
Vou vazar do Congresso.
Vou-me embora pra Pasárgada.
E quando perguntarem:
e você, sabia?
Vou responder prontamente,
com muita educação:
não sei de nada não!
Victor da Silva Neris
Heis-me aqui, amor
Heis-me aqui, amor:
Pronto e ansioso
Para sentir o gozo
Do teu fervor.
Heis-me aqui, amor:
Sedento e louco
Para ter-lhe nos braços,
Meu amável arcabouço.
Heis-me aqui, amor:
Contando os instantes
Para que sejas minha
Constante e eterna amante.
Heis-me aqui, amor:
Pronto para amar-te
E para respeitar-te
Até que a morte nos separe!
Victor da Silva Neris
Pronto e ansioso
Para sentir o gozo
Do teu fervor.
Heis-me aqui, amor:
Sedento e louco
Para ter-lhe nos braços,
Meu amável arcabouço.
Heis-me aqui, amor:
Contando os instantes
Para que sejas minha
Constante e eterna amante.
Heis-me aqui, amor:
Pronto para amar-te
E para respeitar-te
Até que a morte nos separe!
Victor da Silva Neris
Poema Aleatório #17
Tudo já se foi!
Não adianta querer voltar
Se, por um acaso, não aproveitou.
Já é tarde demais.
Só lhe restam lembranças
E as dores do arrependimento.
Eras tão cansado, tão sem esperanças.
Contente-se com o esquecimento!
Sim! Não lembrarão de ti.
Serás apenas aquele
Que um dia esteve,
Mas não fez ninguém sentir
Que era necessário,
Que era feliz.
Não adianta deitar
E lamentar...
Quão patético
És!
Sim! Não passas de um alguém
Que não sabem o porquê
Ou por qual porém
Tiveram que conhecer!
Acomoda-te nas alcovas da lembrança
De alguns bastardos
Que têm a ti alguns traços
De semelhança!
Victor da Silva Neris
Não adianta querer voltar
Se, por um acaso, não aproveitou.
Já é tarde demais.
Só lhe restam lembranças
E as dores do arrependimento.
Eras tão cansado, tão sem esperanças.
Contente-se com o esquecimento!
Sim! Não lembrarão de ti.
Serás apenas aquele
Que um dia esteve,
Mas não fez ninguém sentir
Que era necessário,
Que era feliz.
Não adianta deitar
E lamentar...
Quão patético
És!
Sim! Não passas de um alguém
Que não sabem o porquê
Ou por qual porém
Tiveram que conhecer!
Acomoda-te nas alcovas da lembrança
De alguns bastardos
Que têm a ti alguns traços
De semelhança!
Victor da Silva Neris
sábado, 2 de fevereiro de 2013
White lie, white lie
White lie, white lie!
White lie, white lie!
Do you really wanna say
What you say me when you lie?
White lie, white lie!
White lie, white lie!
Did you really think
Before you telling a lie?
White lie, white lie!
White lie, white lie!
Have you ever really thought
That a little white lie could easily
Destroy your life?
White lie, white lie!
White lie, white lie!
If I had been more careful,
Today, I would be alive.
Victor da Silva Neris
White lie, white lie!
Do you really wanna say
What you say me when you lie?
White lie, white lie!
White lie, white lie!
Did you really think
Before you telling a lie?
White lie, white lie!
White lie, white lie!
Have you ever really thought
That a little white lie could easily
Destroy your life?
White lie, white lie!
White lie, white lie!
If I had been more careful,
Today, I would be alive.
Victor da Silva Neris
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