Busquei consolo nos versos.
Mudança, nos períodos inversos.
Equilíbrio, na métrica perfeita.
Graça, na gramática desfeita.
Poemei para distrair,
Pra voar, pra fugir.
Escrevi para sentir,
Deixar a inspiração fluir.
As musas descrevi.
Se bem que menti...
Disse que não as amava.
Em mal estado eu estava.
A natureza dissequei
Em suas mais bucólicas paisagens.
A vida desmontei
Em suas mais belas passagens.
Romanticamente, amei.
Sofri, martirizei-me.
Busquei a solidão, a boêmia.
Sonhei.
Machadianamente, analisei
Os mais sórdidos homens,
As mais "puras" donzelas.
Se é que o caro leitor leu todos os meus versos.
Modernamente, regurgitei
Minhas sínteses internas.
Alimentei-me de sapos.
E de Macunaímas.
Contemporaneamente,
Fal i
qu se
sem
es(cre)ver.
Fui poeta,
Sou poeta e
Espero ser poeta...
Sempre.
Victor da Silva Neris
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