Arde em meu peito fogo inextinguível
Que, por vezes, torna-se dor lancinante.
Fogo esse, que enlouqueceu ao te ver.
Os sortilégios da paixão dominam-me.
Fazem-me balbuciar, eliminando
Toda a facúndia que outrora possui.
Ao pensar na lisura de tua pele,
Na venustidade do teu sorriso,
Na formosura do teu caminhar,
Alimento esse fogo que arde e
Libera deletéria vontade de ter você.
Vontade que bloqueia qualquer outro pensamento
Que ouse entrar na minha loucura.
Insiste em ter tua imagem constantemente
Presente na minha cabeça.
Quis terminar esse poema com frase de efeito
Ou reclame derradeiro sobre essa situação,
Mas um pensamento não sossega meus neurônios
E, por isso, paro por aqui.
Victor da Silva Neris
Modernamente, cotidianamente, inconscientemente, propositalmente, nos perdemos nesse cotidiano maluco. Ora, pois, poesias existem para guiar os cabra desse mundão sem tamanho. Este blog é justamente para isso. Leia e se encontre, ou se perca mais. Afinal, "perder-se também é caminho", Clarice Linspector.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Lobos em pele de cordeiro
Olho para o lado e não vejo ninguém.
Não que inexistam outros humanos ao meu redor.
Eles existem sim,
mas não são dignos de confiança...
Ao primeiro descuido,
derrubam-nos com riso sarcástico e maquiavélico.
Deixam-nos abatidos e anunciam nossas mazelas
aos quatro cantos da terra.
Angústia tal me inunda
que a alma comprimida
fica com o peso de um universo esmagando-a e impedindo
toda e qualquer tentativa de se salvar.
Viro o pó de um ser que outrora
amou e, por isso, despertou a emulação
de criaturas enganosas e mesquinhas,
lobos em pele de cordeiro.
Na multidão das ruas, perco-me em lembranças
e esperança.
Lembro-me de quem e como eu era.
Sonho, esperançoso, com dias melhores.
Olho no espelho e me vejo taciturno.
Tal qual os companheiros de Drummond.
Contudo, ao menos, aprendi a desconfiar
dos lobos de jaez duvidosa.
Oh, Pai, por que há pessoas assim
neste mundo de meu Deus?
Por que são tão frios?
Por que se aproximam de mim?
Victor da Silva Neris
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Poema Aleatório #30
Num marcador de livros,
escrevi uma poesia.
Não tinha razão social.
Nasceu, apenas, para preencher um espaço em branco.
Não era pra ser especial
nem rimar. Passional
e sofrida ela seria.
Mas, só de pensar na ideia,
cansei e parei de escrevê-la.
Victor da Silva Neris
escrevi uma poesia.
Não tinha razão social.
Nasceu, apenas, para preencher um espaço em branco.
Não era pra ser especial
nem rimar. Passional
e sofrida ela seria.
Mas, só de pensar na ideia,
cansei e parei de escrevê-la.
Victor da Silva Neris
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Poema Aleatório #29
"O amor é feio
Tem cara de vício
Anda pela estrada
Não tem compromisso"
(Marisa Monte/ Carlinhos Brown/ Arnaldo Antunes)
Amor, meu caro, de ti tenho raiva!
Como vens assim de repente
E toma conta dos meus pensamentos?
Veio tão súbito que demorei a perceber,
Demorei a entender que se alojara
Em mim e provavelmente
Atanazar-me-á por um bom tempo.
Mas, já que veio, trate de ser generoso.
Seja de tal modo bondoso
Que serei feliz e ao mundo todo
Gritarei felicidades.
Venha para o bem,
Venha e faça o bem.
Victor da Silva Neris
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Poema Aleatório #28
Ecoa em meu peitoSilêncio faceiro.Deixa-me sem jeito,Sinto-me estrangeiro.Faço e desfaço meu gestosQue de tão simples e alternosNão se fazem entenderE em amor me perco.Sinto-me num mar de dúvidasQue são grandes e miúdas.Estas tornam-me ser taciturno,Fugitivo e sem rumo.Sigo, deveras, perdido,Procurando caminhos e um destino.Sigo atrás de estar contigoPara que haja luz em meu ser escurecido.Victor da Silva Neris
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Filosofia no banho
[liga o chuveiro]
Shhhhhhhhhhhhhhhhhh
Que dia!
Mais um dia!
Que dia!
Que vontade insana de dormir!
Aliás, há quanto tempo não sei o que é dormir bem.
Essa vida maldita de corre pra lá, corre pra cá
Não me deixa dormir.
Maldita rotina!
Vou passar num concurso e tudo se resolve.
Mas aí terei menos tempo pra dormir.
Ah!
Preciso de uma solução.
Pedir demissão?
Não!
Seria loucura.
Como pagaria minhas contas e
A água do chuveiro?
Não.
Quem sabe abrir meu negócio...
Sim! Eis a solução!
Espere!
Menos tempo ainda.
Fora o tempo de sono perdido.
Perderia também os sagrados minutos
De filosofia no chuveiro.
Concordo.
Desisto dessa ideia maluca.
É...
Ficarei do jeito que estou.
[desliga o chuveiro]
Victor da Silva Neris
Shhhhhhhhhhhhhhhhhh
Que dia!
Mais um dia!
Que dia!
Que vontade insana de dormir!
Aliás, há quanto tempo não sei o que é dormir bem.
Essa vida maldita de corre pra lá, corre pra cá
Não me deixa dormir.
Maldita rotina!
Vou passar num concurso e tudo se resolve.
Mas aí terei menos tempo pra dormir.
Ah!
Preciso de uma solução.
Pedir demissão?
Não!
Seria loucura.
Como pagaria minhas contas e
A água do chuveiro?
Não.
Quem sabe abrir meu negócio...
Sim! Eis a solução!
Espere!
Menos tempo ainda.
Fora o tempo de sono perdido.
Perderia também os sagrados minutos
De filosofia no chuveiro.
Concordo.
Desisto dessa ideia maluca.
É...
Ficarei do jeito que estou.
[desliga o chuveiro]
Victor da Silva Neris
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Poema do amor não cessado
Eu a amava.
Eu a desejava.
Eu a queria.
Eu a queria bem.
Eu a almejava.
Eu a venerava.
Eu a amava.
Victor da Silva Neris
Eu a desejava.
Eu a queria.
Eu a queria bem.
Eu a almejava.
Eu a venerava.
Eu a amava.
Victor da Silva Neris
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