Miro teus olhos já cansados.
Prostrados, tantas vezes os vi.
Teu cansaço contrasta a agilidade de outrora.
Éramos amantes ferozes, intensos;
Hoje, nos amamos tenros.
Os longos beijos se foram
E deram lugar a singelos e inebriantes olhares.
A lucidez de teus olhos ainda é
E sempre será minha luz.
Contigo aprendi a amar e
O amor apreender.
Há 50 anos vi teu olhar juvenil,
Calmo e brilhante.
E, ainda agora, vejo, ao mirar-te,
Aquele mesmo olhar.
A paixão de jovens é, agora, amor maduro.
Nossos corpos,
Já cheios de marcas da vida,
São apenas moldura para a obra-prima de nossas almas.
E, dos que dizem já estarmos velhos,
Discordo ferozmente.
Afinal, olhar não envelhece.
Modernamente, cotidianamente, inconscientemente, propositalmente, nos perdemos nesse cotidiano maluco. Ora, pois, poesias existem para guiar os cabra desse mundão sem tamanho. Este blog é justamente para isso. Leia e se encontre, ou se perca mais. Afinal, "perder-se também é caminho", Clarice Linspector.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
domingo, 7 de agosto de 2016
Vem ver a banda passar
Desse logo desse apê,
Tá na hora de ir ver
A banda passar pela praça.
Não se limite a viver
Enfurnado no seu mundo
Deixando a vida passar.
Se estiver difícil, estou
Sempre aqui pra ajudar.
Deixa a tristeza pra depois,
Vem comigo se esbaldar.
A vida é muito curta e muito bela
Pra jogar fora com tristeza.
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