Dia desse olhei pra Lua,
E ela olhou de volta.
Sim! Olhou meio reticente
Como se quisesse me dizer algo.
Então, usei todo meu falar suasório
Para convencê-la a desembuchar.
E ela disse.
Antes não o tivesse feito.
Vomitou verdades em mim.
Quando a fadiga já diminuía seu ímpeto,
Respirou e, com calma atípica,
Pediu desculpas pelo ocorrido.
Mas ela não era culpada.
A elegância ladyana da Lua
Obrigou-a a se desculpar.
O errado era eu.
Por tanto tempo descarreguei sonhos,
Frustrações, desejos e rancores sobre a pobre coitada.
Era ficar um tiquinho triste e lá ia eu reclamar para ela.
Querida Lua, na hora fiquei sem palavras -
Tamanha minha surpresa a sua reação.
Como pedido de desculpas,
Escrevi esses versos.
Prometo não importuná-la com tantas tolices.
Apenas admirar tua eterna beleza.
Victor da Silva Neris
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