Nos seus olhos feitos com o olhar de mil mulheres feitas,
Perco-me e
encontro-me com uma sensação
Que no mundo com certeza não tem outra igual.
Eu
te perduro nos meu sonhos obscuros
Onde você vinha ao meu encontro me amar.
Eu
lembro e me arrependo de não ter,
Mesmo que sem jeito,
Feito os seus ouvidos
ouvirem o meu declarar.
Eu choro e em pranto me sufoco,
Mas não dá.
É forte o
fato de não te ter aqui.
Eu sinto que meus atos falhos,
Tão desnecessários,
Já
não merecem os esforços necessários
Para fazê-los.
Medito na minha alma que
definha.
É isso, meu Deus,
Que era pra fazer o amor,
Se o amor deve ser algo
bom pra compartilhar?
Acho que na verdade isso que eu sinto não é coisa boa,
Não senhor.
Cansei de ser malabarista de rotinas
Equilibrado num fio prestes a
arrebentar.
Ai que saudade do tempo
Em que no mato eu corria
Atrás do animais
sem nem pensar.
Do tempo em que meu anseio
Era estar bem pra poder ir brincar,
Do suco de uva que Dona Canduca
Me trazia e de tristezas eu não vivia.
Que
lástima!
Por que não posso
A esse tempo bom voltar?
Victor da Silva Neris
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