Olhando nossas fotos,
sinto que algo muito bom
perdeu-se em lembranças...
Os momentos vividos,
as experiências trocadas,
tudo...
virou poeira na aridez
do esquecimento.
Nossas fotos, já gastas pelo tempo,
lembram-me daquilo que
todo ser humano sonha em ter.
O que eu tive.
Mesmo que tenha sido por um tempo curtíssimo, ínfimo,
foi eterno.
A eternidade não é encontrada nos períodos extensos de tempo.
Ela acontece num piscar de olhos.
Às vezes em menos tempo ainda.
Nossas fotos agregam a poeira da lembrança
e agrupam-na num pedaço de papel.
(alguns preferem em pixels)
Os sentimentos dos momentos registrados
são re-animados com a visualização da eternidade.
Sim, as fotos são a eternidade!
Ah, se os amores pudessem ser guardados assim
em fotos. Do jeito que são, aparecem e desaparecem
sem que possamos controlá-los.
Oh, amor cruel,
por que não te rendes
e descansa logo
num papel?
Victor da Silva Neris
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