Parece uma sina.
Não termina.
É a batina.
O sacerdócio do poeta
Mantém-se nisso.
Perdidos no futuro
Ou no passado.
Sempre num lugar distante
Ideal ou não.
O poeta canta suas esperanças,
Seus desejos, seus sonhos.
E quando digo seus,
Refiro-me a ti também.
O poeta é o cronista da vida.
Observa, reflete e escreve.
O poeta é o porta voz
Dos sentimentos que ninguém,
Repito, ninguém,
Consegue entender.
Aí está outra sina dos poetas.
Entendem os sentimentos alheios,
Mas os próprios,
Naturalmente confusos,
Ninguém decifra.
Por isso o sacerdócio.
Por isso a dor dos poetas.
Por isso a beleza de seus escritos.
Por isso a poesia.
Victor da Silva Neris
Modernamente, cotidianamente, inconscientemente, propositalmente, nos perdemos nesse cotidiano maluco. Ora, pois, poesias existem para guiar os cabra desse mundão sem tamanho. Este blog é justamente para isso. Leia e se encontre, ou se perca mais. Afinal, "perder-se também é caminho", Clarice Linspector.
domingo, 30 de novembro de 2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Paixonite
Doença perigosa, contagiosa e,
Muitas vezes,
Pode evoluir para o óbito.
De difícil prevenção,
Pode apresentar quadros agudo e crônico.
Não há exames confiáveis o suficiente
Para diagnosticar tal mal.
Estudos já utilizaram medicina oriental,
Todavia não foram atingidos resultados satisfatórios.
Recomenda-se o maior zelo, pois o contágio é extremamente rápido e imperceptível.
Não adianta procurar os pronto-socorros:
Dor no peito, de cabeça e desconcentração não podem ser diminuídas.
Nem com o mais potente dos fármacos.
Não há vacina, não há soro, não há nada.
Victor da Silva Neris
Muitas vezes,
Pode evoluir para o óbito.
De difícil prevenção,
Pode apresentar quadros agudo e crônico.
Não há exames confiáveis o suficiente
Para diagnosticar tal mal.
Estudos já utilizaram medicina oriental,
Todavia não foram atingidos resultados satisfatórios.
Recomenda-se o maior zelo, pois o contágio é extremamente rápido e imperceptível.
Não adianta procurar os pronto-socorros:
Dor no peito, de cabeça e desconcentração não podem ser diminuídas.
Nem com o mais potente dos fármacos.
Não há vacina, não há soro, não há nada.
Victor da Silva Neris
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Sabe a paixão?
Sabe a paixão?
É aquela que lasca todo mundo.
Passou.
Nem disse oi.
Victor da Silva Neris
É aquela que lasca todo mundo.
Passou.
Nem disse oi.
Victor da Silva Neris
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Mar de estrelas
Já é tarde e a noite avança,
Galopante, escurecendo tudo.
As únicas e solitárias, no escuro,
Estrelas mantêm a esperança.
São corajosos pontos de luz
Que a luz do sol reluzem,
Indicando ao perdido o norte
E ao apaixonado a face nua
Da amada que admira a lua.
Um mar de estrelas
Ou um cardume delas
No mar escuro.
Oh, mar de estrelas!
Se hão de me ouvir,
Levem a ela
Esses versos que escrevi.
Victor da Silva Neris
Galopante, escurecendo tudo.
As únicas e solitárias, no escuro,
Estrelas mantêm a esperança.
São corajosos pontos de luz
Que a luz do sol reluzem,
Indicando ao perdido o norte
E ao apaixonado a face nua
Da amada que admira a lua.
Um mar de estrelas
Ou um cardume delas
No mar escuro.
Oh, mar de estrelas!
Se hão de me ouvir,
Levem a ela
Esses versos que escrevi.
Victor da Silva Neris
sábado, 1 de novembro de 2014
Seu nome,
Quis escrever a canção mais sincera
Pra - quem sabe como ou quando -
Conseguir aquele pequeno espaço
Num cantinho do seu coração.
Infelizmente, minha tão ardente paixão
Não era capaz de dissertar uma palavra que fosse.
Estagnada, pedia uma foto sua para aumentar o fogo.
Eu não a tinha.
A última fora jogada fora junto com alguns outros arquivos,
Que não me eram mais necessários.
Irrecuperável.
Não só a foto, mas nós dois também?
Tal reflexão foi de brutalidade tal que tive de parar meus pensamentos.
A possibilidade de nunca mais sermos o que fomos um dia
É assaz cruel para mim.
Seria como negar algo em que deposito crassa fé.
Seria como negar o amor.
Eu não posso negar o amor.
Eu não quero ser só eu.
Eu quero meu eu junto do teu.
Eu quero ser contigo,
Ser seu melhor amigo.
Victor da Silva Neris
Pra - quem sabe como ou quando -
Conseguir aquele pequeno espaço
Num cantinho do seu coração.
Infelizmente, minha tão ardente paixão
Não era capaz de dissertar uma palavra que fosse.
Estagnada, pedia uma foto sua para aumentar o fogo.
Eu não a tinha.
A última fora jogada fora junto com alguns outros arquivos,
Que não me eram mais necessários.
Irrecuperável.
Não só a foto, mas nós dois também?
Tal reflexão foi de brutalidade tal que tive de parar meus pensamentos.
A possibilidade de nunca mais sermos o que fomos um dia
É assaz cruel para mim.
Seria como negar algo em que deposito crassa fé.
Seria como negar o amor.
Eu não posso negar o amor.
Eu não quero ser só eu.
Eu quero meu eu junto do teu.
Eu quero ser contigo,
Ser seu melhor amigo.
Victor da Silva Neris
sábado, 25 de outubro de 2014
Noites de "amor"
O primeiro raio de sol toca minha retina
E a luz de meu sonho desaparece.
Tento, forçosamente, continuar em minhas fantasias,
Mas já é tarde.
As tão belas e saciáveis sensações se foram.
As ideias já são passado
E esse passado já foi esquecido.
Aquele beijo eterno,
Aquelas carícias tão aprazíveis.
A pele marcada pelo suor da paixão.
As marcas do nosso embate de amor.
A brutalidade sutil se fora.
A ideia de nosso amor não existe mais.
Agora só há a realidade
- Dura e fria -
Acompanhando-me.
O som de teus tão ardentes gemidos
Foi suplantado pelo silêncio frígido,
Pela falta que é assassina de minhas ilusões.
O calor de teus braços deu lugar ao vazio da cama.
Sem ti, ela triplica de tamanho
E multiplica, infinitamente,
A solidão.
O que me resta é esperar chegar a noite,
Porque, ultimamente,
Minha companhia é a noite inteira
Quando não me acompanhas nos meus tão calorosos sonhos.
Victor da Silva Neris
E a luz de meu sonho desaparece.
Tento, forçosamente, continuar em minhas fantasias,
Mas já é tarde.
As tão belas e saciáveis sensações se foram.
As ideias já são passado
E esse passado já foi esquecido.
Aquele beijo eterno,
Aquelas carícias tão aprazíveis.
A pele marcada pelo suor da paixão.
As marcas do nosso embate de amor.
A brutalidade sutil se fora.
A ideia de nosso amor não existe mais.
Agora só há a realidade
- Dura e fria -
Acompanhando-me.
O som de teus tão ardentes gemidos
Foi suplantado pelo silêncio frígido,
Pela falta que é assassina de minhas ilusões.
O calor de teus braços deu lugar ao vazio da cama.
Sem ti, ela triplica de tamanho
E multiplica, infinitamente,
A solidão.
O que me resta é esperar chegar a noite,
Porque, ultimamente,
Minha companhia é a noite inteira
Quando não me acompanhas nos meus tão calorosos sonhos.
Victor da Silva Neris
domingo, 5 de outubro de 2014
Poema Aleatório #43
Ando buscando nas letras refúgio para as minhas ideias.
Contudo, as danadas letras insistem em fugir.
Dividem meus períodos, abortam minhas orações.
No âmago de minhas reflexões,
Suplico para que colaborem comigo.
Mas é inútil.
Elejo um ou dois pensamentos fundamentais
Pra que eu possa tocar minha vida.
Porém, as miudezas reflexivas -
As quais considero as mais importantes -
Ficam de lado,
Jogadas num canto sujo e escuro da minha mente.
Coitadas!
Não têm força nem para pedir ajuda.
E, por isso, fico assim:
Esperando que a luz da escrita ilumine,
Mesmo que por poucos instantes,
Minha cabeça tão cansada das mesmas ideias.
Victor da Silva Neris
Contudo, as danadas letras insistem em fugir.
Dividem meus períodos, abortam minhas orações.
No âmago de minhas reflexões,
Suplico para que colaborem comigo.
Mas é inútil.
Elejo um ou dois pensamentos fundamentais
Pra que eu possa tocar minha vida.
Porém, as miudezas reflexivas -
As quais considero as mais importantes -
Ficam de lado,
Jogadas num canto sujo e escuro da minha mente.
Coitadas!
Não têm força nem para pedir ajuda.
E, por isso, fico assim:
Esperando que a luz da escrita ilumine,
Mesmo que por poucos instantes,
Minha cabeça tão cansada das mesmas ideias.
Victor da Silva Neris
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