Das tantas verdades
acerca do amor,
Apenas uma e somente
uma é a mais verdadeira de todas.
Amar é ganhar asas, é
poder flutuar acima das nuvens.
Amar é como pilotar
um avião.
Assim como na
aviação, no amor, a gente começa aprendendo.
Primeiro, são
aeronaves pequenas, pouco potentes e com poucos
Ou nenhum passageiro.
Assim como no amor,
na aviação, o piloto vai galgando maiores aeronaves
Até chegar, um dia, a
pilotar um jumbo.
Assim como na
aviação, também, no amor, são dois.
Um piloto e um
copiloto.
Mas sem hierarquia,
sem poderes a mais ou a menos.
São dois para
garantir o voo.
São dois pra que, na
falta de um, o avião não caia.
Todavia, a maior
sacada de semelhança entre amor e avião
É a caixa preta.
Nenhum avião cai por
conta de um erro.
Ninguém morre por
conta de um erro.
Ninguém sofre ou
chora por conta de um erro.
São vários, na
maioria das vezes, pequeninos erros que,
Quando juntos, são
catástrofe.
E com toda catástrofe
vem dor, sofrimento, choro.
Alguma coisa sempre
morre, se fere ou se perde.
Pra evitar tudo isso,
temos a caixa preta:
Pra recordar tudo que
fizemos ou deixamos de fazer,
Tudo o que falamos ou
não,
Tudo o que sentimos
ou ignoramos.
Isso tudo pra que,
quando o avião caia,
O sofrimento não seja
em vão.
Isso tudo pra que
ganhemos sabedoria para alçar novos voos.
O amor dá asas de
fato.
O amor nos faz
flutuar entre as nuvens de fato.
O amor é das coisas
mais lindas que existem assim como voar.
Contudo, ambos exigem
algo que nem todos têm ou podem ter:
Coragem.
Só voa e só ama quem
não tem medo de cair.