Modernamente, cotidianamente, inconscientemente, propositalmente, nos perdemos nesse cotidiano maluco. Ora, pois, poesias existem para guiar os cabra desse mundão sem tamanho. Este blog é justamente para isso. Leia e se encontre, ou se perca mais. Afinal, "perder-se também é caminho", Clarice Linspector.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Soneto da realidade
A realidade alcançou minha mente.
Tirou-me da ilusão em que vivia.
Mostrou-me a verdade sobre mim:
Sou uma farsa!
Uma farsa tão bem feita e acabada,
Que convenceu até a mim mesmo.
Fez-me acreditar, por algum tempo,
Que eu era aquilo que aparentava ser.
Sou um soneto de versos brancos e livres.
Sem neologismos, tampouco rebuscado e de linguagem pobre.
Sem encaixe em nenhuma escola literária.
Sou um soneto por comodidade,
Pois, se me apresenta-se com estrutura comum,
Não seria lido.
Victor da Silva Neris
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