Quando amamos, descobrimos
O real significado da
Antítese paradoxalmente harmônica
Que é o amor.
Quando amamos,
Sentimos a presença ausente,
O tudo e o nada,
A razão desvairada.
Amamos quando o coração acelera
Só de ouvir ou pensar em quem amamos.
Amamos quando sorrimos discretamente à primeira
Lembrança dos momentos passados.
Amamos quando esquecemos o orgulho
E perdoamos os pecados cometidos.
Amamos quem nos faz achar graça
Mesmo nos momentos de desgraça.
Amar é um vício desatinado.
É o "não sei viver sem você".
É o "não sei o que é viver sem você".
É deixar de ser humano,
De ser forte ou fraco,
Certo ou errado.
Amar é fazer do impossível
Um lugar bem ali na esquina.
Amar é jogar-se num abismo vistoso e afável.
Sem volta ou possibilidade de reclamação futura.
Amar faz do homem um menino,
Sedento por mais daquilo que
É doce e amargo,
Quente e frio,
Que é o amor.
Victor da Silva Neris
Modernamente, cotidianamente, inconscientemente, propositalmente, nos perdemos nesse cotidiano maluco. Ora, pois, poesias existem para guiar os cabra desse mundão sem tamanho. Este blog é justamente para isso. Leia e se encontre, ou se perca mais. Afinal, "perder-se também é caminho", Clarice Linspector.
domingo, 30 de junho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Poema Aleatório #26
O amor é clichê.
É a obviedade prolixa
Que se repete e repete,
Por causa das reticências
Que os amantes insistem em colocar nos seus amores.
Oh, reticências, quanto dos grandes amores
Não é fruto de ti.
Victor da Silva Neris
É a obviedade prolixa
Que se repete e repete,
Por causa das reticências
Que os amantes insistem em colocar nos seus amores.
Oh, reticências, quanto dos grandes amores
Não é fruto de ti.
Victor da Silva Neris
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Poema Aleatório #25
Cansei
de perder o sono,
De
gritar meus sonhos e ninguém ouvir.
Meu
silêncio agora reina.
Faz de
mim moribundo.
Agonizam-me
as falácias amorosas de meus amores.
Sinto-me
no topo da mais alta montanha.
Isolado.
Mesmo
rodiado por milhões
De
desconhecidos companheiros.
As
pelejas da vida,
Penosas,
Maldosas
Moldaram-me
como sou.
Quem
sabe
Se
fosse a vida
Mais
branda,
Minha
carrancudisse
Fosse
Mais
Serena.
Mas não
foi.
E, por
isso,
Sou
corpo cheio de
Dores e
lamentos,
Banhado
em injúrias
E
vitupérios.
Victor
da Silva Neris
terça-feira, 18 de junho de 2013
O brado retumbante
Sufocados pela escuridão
Densa e tóxica da corrupção,
Vivemos cinco séculos sem esperança.
Afogados na lama do despreso,
Morremos e vimos nossos entes morrerem
Nas filas de abatedouros chamados
hospitais.
Vimos nossos filhos serem entregues às
drogas,
Ao crime, ao desemprego, ao desespero.
Ó estádios brasileiros, quanto do que
foi gasto
Era dinheiro roubado da saúde, da
educação e
Da população que aprendeu a ignorar a
dor!
Brademos, pois, compatriotas!
Lutemos por tudo que foi retirado de
nós!
Sejamos a mudança!
Somos um tanque preso, apenas,
Por um fio fragilíssimo.
Somos a força que,
Num brado retumbante,
Transfomra a repressão
Em progresso e construção!
Victor da Silva Neris
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Não são só vinte centavos
Não são só vinte centavos!
É a dor de uma nação.
500 anos se passaram
E nenhuma solução.
E agora vêm falar:
"Povo sem educação".
Só porque vaiaram a presidente
Que estava ao lado de um ladrão.
Morre gente, porque
Não tem doutor de plantão.
Fica gente sem comida.
Foi toda pra exportação.
E a pouca que sobrou
Custa quase um milhão.
Têm bandidos pelas ruas,
Porque não cabem na prisão.
Tem bandido no poder
Prometendo a salvação.
Quando o povo vai à luta
Toma bala de canhão,
E a Globo falaciosa
Fala de Copa e do Faustão.
Chamam de desocupados
Quem quer mudar nossa Nação.
Mas, bando de alienados,
Vocês que estão na contra mão.
Cala a boca desse bando
De idiota sem noção!
Vem pra rua e mostra que
É hora de aprender a dizer não!
Victor da Silva Neris
"Pra não dizer que falei de flores"
(Geraldo Vandré)
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Não sei
Não sei se o que passou
Já deveras se dispersou
Ou se, apenas, por capricho ou acaso,
Escondeu-se em breu tenebroso.
Não sei se o eu de que tanto
Tenho medo embrenhou-se
Esperando hora oportuna de voltar
E novamente me amedrontar.
Mas espero que num gesto
Discreto, esperto,
Ele entenda que já passou da hora
De não mais voltar.
É difícil entender o que
Não posso ver.
O jeito é tentar me rever
E um dia, quem sabe,
Perceber o que me faz assim
Tão misterioso.
Victor da Silva Neris
Já deveras se dispersou
Ou se, apenas, por capricho ou acaso,
Escondeu-se em breu tenebroso.
Não sei se o eu de que tanto
Tenho medo embrenhou-se
Esperando hora oportuna de voltar
E novamente me amedrontar.
Mas espero que num gesto
Discreto, esperto,
Ele entenda que já passou da hora
De não mais voltar.
É difícil entender o que
Não posso ver.
O jeito é tentar me rever
E um dia, quem sabe,
Perceber o que me faz assim
Tão misterioso.
Victor da Silva Neris
Cicerone
De repente, todos são estrangeiros.
Não se entende o que se fala,
O que se escreve nem
O que se pensa.
Todos desesperados, sedentos
Pela calmaria do conhecimento.
E aparece um cicerone
Que é guia, psicólogo, amigo.
Orienta os desorientados
A fim de vê-los sair pela porta
E nunca mais voltarem,
Por mais contraditório que pareça.
Ajuda a fazer florescer sentimento
Antes, por muito tempo, desconhecido
Ou, pelas dificuldades da caminhada,
Adormecido.
Consegue fazer de cada momentum,
Impulsivo ou não,
Prazeroso, deleitoso.
Ah, se eu pudesse dilatar
O espaço temporal!
Aí, assim poderia presenciar
Um pouco mais esse ser
Que tem mensagem eletromagnética.
E fica, propositadamente ou não,
Marcado em nossas histórias.
Vira pérola memorial
No nosso baú de memórias.
Victor da Silva Neris
segunda-feira, 3 de junho de 2013
O amor
Mas é bem assim mesmo sem intenção
Que o amor aparece e sem discrição
Toma conta de todos os pensamentos
Tristes, alegres e até os sem sentimentos.
E vai levando a gente, mesmo que contra a nossa vontade,
Pra uma vida bela, singela, sinônima de felicidade.
Apaga do mural do nosso coração as tristes memórias
Pra que estejamos abertos a novas histórias.
Se serão tristes ou alegres só o tempo dirá.
Se vai valer a pena? Com certeza valerá!
O amor faz a gente entender
Que não importa o quanto
Vamos querer ou sofrer.
Ele não tem hora pra chegar.
Dá susto, vem súbito.
Faz valer a pena esperar.
Mostra que sem ele somos
Sujeitos indeterminados, ocultos.
E com ele somos compostos,
Adjetivados, superlativados, adjuntados.
O amor destrói os preconceitos
E mostra que eles são
Mera invenção de uns e outros que têm
Medo de perder a falsa ideia da possessão
De uma superioridade estúpida.
Ele nos deixa alegres
Apenas por ver um sorriso
E pensar no que, por um acaso,
Ele precede.
O amor é assim:
Simples e complexo;
Instantâneo e eterno;
Delicioso mistério.
Victor da Silva Neris
Que o amor aparece e sem discrição
Toma conta de todos os pensamentos
Tristes, alegres e até os sem sentimentos.
E vai levando a gente, mesmo que contra a nossa vontade,
Pra uma vida bela, singela, sinônima de felicidade.
Apaga do mural do nosso coração as tristes memórias
Pra que estejamos abertos a novas histórias.
Se serão tristes ou alegres só o tempo dirá.
Se vai valer a pena? Com certeza valerá!
O amor faz a gente entender
Que não importa o quanto
Vamos querer ou sofrer.
Ele não tem hora pra chegar.
Dá susto, vem súbito.
Faz valer a pena esperar.
Mostra que sem ele somos
Sujeitos indeterminados, ocultos.
E com ele somos compostos,
Adjetivados, superlativados, adjuntados.
O amor destrói os preconceitos
E mostra que eles são
Mera invenção de uns e outros que têm
Medo de perder a falsa ideia da possessão
De uma superioridade estúpida.
Ele nos deixa alegres
Apenas por ver um sorriso
E pensar no que, por um acaso,
Ele precede.
O amor é assim:
Simples e complexo;
Instantâneo e eterno;
Delicioso mistério.
Victor da Silva Neris
sábado, 1 de junho de 2013
Se
Se a mágoa fica muito tempo no coração, petrifica.
E os olhos modifica,
Restringindo-os a ver
Apenas
O que ela quer.
Se o rancor fica muito tempo no
Coração, apodrece.
Faz com que dos seus amores
Você esqueça
Deixando que pereça
Onde ele quer.
Se a paixão fica muito tempo no
Coração, enlouquece.
Tira a razão,
Aumenta o tesão,
Deixando que aqueça
A ponto de queimar.
Se o amor fica muito tempo no
Coração, enobrece.
Arranca os preconceitos,
Descola o chão,
Tornando-nos dependentes
De outro coração.
Victor da Silva Neris
E os olhos modifica,
Restringindo-os a ver
Apenas
O que ela quer.
Se o rancor fica muito tempo no
Coração, apodrece.
Faz com que dos seus amores
Você esqueça
Deixando que pereça
Onde ele quer.
Se a paixão fica muito tempo no
Coração, enlouquece.
Tira a razão,
Aumenta o tesão,
Deixando que aqueça
A ponto de queimar.
Se o amor fica muito tempo no
Coração, enobrece.
Arranca os preconceitos,
Descola o chão,
Tornando-nos dependentes
De outro coração.
Victor da Silva Neris
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